Joi, o Cavaleiro Errante

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Tigela


Pedro Motta,
Meu pai,
Meu irmão,
Meu amigo,
Meu Cúmplice,
Tigelinha.

Tenho a alma grata por tudo o que não se agradece:
Pelo amor que quase não cabe e sobra e nos engrandece
Pelo afeto íntimo que nos aquece o peito
Pela bem-humorada falsa falta de respeito
Pelo jeito herdado, embora não saiba, em muitos aspectos – belos ou nem tanto.
Pelo santo que nunca foste, nem nunca serei.
Pelo brilho de um pai que só pode ser filho também
Pelo trilho do trem que tomei; e o caminho ainda não sei; mas que vai ao longe, isso é certo!
E pela cumplicidade sem idade e sem igual
que somente um filho e um pai
que são melhores amigos
podem ter.

Deixe-me ser a sua continuidade, melhor que você.
E que meu filho seja a minha e melhor do que eu,
Pois assim deve ser.
Assim me ensinou um dia
E assim é de mim, querer.