Joi, o Cavaleiro Errante

sexta-feira, novembro 04, 2011

Sinuca de Bico

É uma sinuca-de-bico,
Um egoísmo da personalidade,
É um câncer espalhado na memória do corpo,
É abismo, é desastre, é tragédia, é covarde, é terror!
O mal maior e mais feio de que tenho consciência:

Esse medo por algo que não tenho consciência
É o medo de tomar consciência dos medos que tenho.

É o freio.

É tensão, retenção, é prisão, é bloqueio! É bem no meio do nariz, fecha os olhos, vira as costas, sai correndo, foge, abandona, perde-se, sofre-se, enfraquece, apaga.
O nariz, o juiz, o dedo que aponta o peito.
A garganta, orgulhosa, cortada. O ranger dos dentes que prende
A raiva da raiva.
A cabeça - que pensa e executa a sentença ao pescoço, o trauma - condena! a alma.


E, no entanto, é nem tanto,
É simples: Vaidade.
Não sinto medo,
Não sou verdade.