Joi, o Cavaleiro Errante

domingo, maio 05, 2013

Eis Pórre

Ando às voltas pela casa tentando ver se me encaixo em algum sofá
To girando aqui que nem uma maluca e não consigo saber onde estou
Ou de onde venho - e quem comeu quem pra eu poder ser, se é que sou, já havia sido antes e por quanto ainda permanecerei sendo -, e nem o sentido de as grandes corporações insistirem na produção de plastic bags!
Qual é o sentido dessa zorra toda? por que tanta porra?!

sou filho do descontrole trêmulo. Tremo também, mas menos.
Já tive dias mais fáceis. já tive faces mais contidas.
Já retive espremida e torturada a corja dos artistas mais diabólicos que adoram fazer arruaça, rebentar correntes, derramar o leite e ser sinceros. Mas hoje eles foram sinceros.

tem uma raposa em mim que é muito esperta.
Ela consegue florear com sutilezas ambíguas o instinto feroz, pra que nenhum outro bicho mais determinado que ela a devore.
Ela precisa enganar o lado que busca, sabe que está em risco, então vai nos confundindo com joguetes e mente(s), e pinta de sonhos os caminhos que, para sua sobrevivência, precisam dar sempre no mesmo lugar.
Ela falha, mas atrapalha.
Chega a ser vulgar,
Porque está a serviço também.
Porque eu sou o irmão da ansiedade desenfreada, mas eu não sou como a minha irmã, madame Medrosá, que se esconde até do ar que respira!,(vampira), eu não!.. Eu busco buscar. Mas ainda me vejo refletir nos olhos estático-raivosos da insanidade dela. E o pouco que me pareço com ela me mata no todo, porque o resto parece não ser suficiente.

Eu sou aquilo que odeio em ti, e odeio-te tanto, que menosprezo-te. E menosprezando, amo meio ao avesso. E quando me reconheço nisso, meu cadáver urra. E como eu não pude dar-te uma surra, ARTO! e mando-te pro raio que eu parto. Porque eu parto raios.
E varro meus inimigos dissimulados!, mas aí já é outro assunto, raposa!. Tá, mas os demônios se misturam!
Ah meus deuses!!
Raiva do medo da raiva do medo da raiva.
E antes fosse só angústia! Não nos veríamos presos às contradições que amamos e libertam!
Quer dizer, pra que toda porra querente entornar?
Anseios de encontros Vinicius, Jobins...

E a merda da sede louca de esporrar..!

segunda-feira, novembro 19, 2012

Se Rende (pagodinho)

Não posso insistir, mas não vou desistir;
Só me resta esperar.

Até que o existir do que é por vir
Venha a ser e brindar.

Pra que intervir se é o nosso sorrir
Que deseja imperar

Só peço de ti que nos deixe fluir
Sem querer, sem blindar

Não se blinda que ainda é muito cedo, vou guardar o seu segredo com medo de segregar

Se agrega, senta ao lado e escorrega, desfruta o que a vida integra, se entrega no sofá!!

Até quando será?
vou saber sustentar, ou deixar esvair... a sede?

Não me venha negar,
O que adianta fugir?... É a rede!
É a rede que linka tudo no AR.

Então pra que resistir, se é melhor aceitar?
Entende!!

Deixa o doce da vida te deliciar!!!!!

Se rende!!

Deixa o doce da vida te deliciar, vê se se rende!
Deixa o doce da vida te deliciar...!!!

quarta-feira, outubro 10, 2012

Éter na lata (RAP)

Éter na lata, eterna vira-lata
Sanguinária!
Diz que se afasta, mas desfila na minha área
Só me empata.
Sai do meu caminho, que eu quero paz;
Tem várias minas muito gatas sangue bom demais!
Quis arruinar a data do meu aniversário,
Mas rata inconsciente me presenteou o contrário.
Veio me procurar, falar de um outro otário que amargava o meu lugar, ah vá!
Não te ocorre?!
Que o éter na lata pela sua boca escorre!
Teu veneno trai sua língua e isso faz com que eu distingua
Quem fecha com a Lua Cheia e quem a liberdade míngua;
Não dá!
Cansei de ser espelho pra sua vaidade.
Questiono se sua poesia um dia foi verdade.
Pra lá dessa cidade! Segue seu caminho!
Sua necessidade é ser a flor que vira o espinho;
Já deu!
A dor prevaleceu, envelheceu, já era!
Agora é Primavera e quem quer ficar sozinho
Sou eu!
Valeu, fica com os seus, que eu to fechadão com os meus,
Graças a Deus,
Adeus!
Segue seu caminho de éter na lata!
Não vou ser mais o cachorrinho dessa vira-lata!
To de saco cheio de joguinho entre menina e moleque,
Se você me ataca, hoje eu respondo no Rap.
Não se retrata por mensagem, que só queima tua imagem
De covarde que age e se arrepende confusa mais tarde
Eu sempre estive aqui  quando você precisou de mim
E, tipo assim, você me usa como um trampolim!
Acabou o amor, é o fim!
Essa porra virou o inferno.
Enterrei a dor junto com o inverno.
Aquele abraço!
Se voltar atrás de novo eu juro que te interno!
O nosso laço jaz a sete palmos.
Eu já entoei meus salmos
Pelos quatro cantos do mundo.
Sua fama de dama não engana esse vagabundo,
To calmo, to livre...
Quem só tem éter na mente não sente, não vive.

Éter na lata.
Éter na eterna lata...
Éter na mente.
Eterna, eternamente... (2x)

É, gata... nosso amor ficou doente. Terminou do pior jeito:
Sem carinho, sem cuidado, sem noção, sem respeito.

Sem a gente.
Sem a gente...

quarta-feira, julho 11, 2012

Basta!


Basta!
de te ser o que me afasta de você
como o custo da casta e a frase gasta: "não pode ser"
não tem espaço no meu querer.

Busto!
há de se ter pra me aceitar sem me compreender
pra me perdoar se eu enlouquecer
sua consciência há de me informar
que a paciência se esgota

Mas a minha alma há de intervir!, rogar por mim, me defender
Há de te explicar, te persuadir, te amenizar, te convencer
Que é a minha raiva que me embota... o olhar!

Mas há de passar, você vai ver
que não era raiva de você.
Que a raiva é minha,
A culpa é minha,
E o medo desgasta!!
Basta!!
Basta!!

A raiva é besta,
O medo uma bosta
E a alma diz basta!!

terça-feira, janeiro 31, 2012

2012

ALDEIA VELHA
 
AMOR AMOR AMOR AMOR AMOR
GRATIDÃO GRATIDÃO GRATIDÃO GRATIDÃO
MÚSICA MÚSICA MÚSICA
GABRIEL GABRIEL
REVEILLON

ALDEIA VELHA

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Meus Impulsos Destrutivos - Quero Me Curar

Aos impulsos que passei minha vida servindo
- Quero me curar;
Minha história é um sistema de eu me iludindo
- Quero me curar;
Não suporto mais nem um segundo mentindo
- Quero me curar;
Minha garganta, meus braços, minhas pernas partindo
- Quero me curar;
Observo de fora minha alma ruindo
- Quero me curar;
Minha cabeça condena meu peito explodindo
- Quero me curar;
Não entendo esse jogo que ando seguindo
- Quero me curar;
Minha famiglia inteira me quer ver sorrindo
- Quero me curar
As pessoas de fora dizem que eu sou lindo
- Quero me curar;
Nos lugares que chego sou sempre bem-vindo
- Quero me curar;
Por ser João Vicente um presente pro Dindo
- Quero me curar.

Então, por que razão, Pais e Mães, Irmãs e Irmãos,
Ainda tento esconder, fingir de não ver,
Abafar, encobrir, soterrar em meu ser
os impulsos dos quais ajo me destruindo?

- Quero me curar!


E EU VOU ME CURAR!!!!!!!!

sábado, dezembro 17, 2011

Melhor Amigo

Diz que existe
um céu pra cachorro
que eu corro, morro e finjo lantindo.

Socorro! Como podes ser
tão velho e tão novo!
Tão moço e Bandido!

E eu!!, como eu fico?!
Chorando sozinho,
Sem mais meu irmãozinho
De conselhos lambidos...


p/ Cookie, com todo o meu amor babão. Obrigado por tudo, meu eterno amigão.

sexta-feira, novembro 04, 2011

Sinuca de Bico

É uma sinuca-de-bico,
Um egoísmo da personalidade,
É um câncer espalhado na memória do corpo,
É abismo, é desastre, é tragédia, é covarde, é terror!
O mal maior e mais feio de que tenho consciência:

Esse medo por algo que não tenho consciência
É o medo de tomar consciência dos medos que tenho.

É o freio.

É tensão, retenção, é prisão, é bloqueio! É bem no meio do nariz, fecha os olhos, vira as costas, sai correndo, foge, abandona, perde-se, sofre-se, enfraquece, apaga.
O nariz, o juiz, o dedo que aponta o peito.
A garganta, orgulhosa, cortada. O ranger dos dentes que prende
A raiva da raiva.
A cabeça - que pensa e executa a sentença ao pescoço, o trauma - condena! a alma.


E, no entanto, é nem tanto,
É simples: Vaidade.
Não sinto medo,
Não sou verdade.

quinta-feira, agosto 25, 2011

No claro brindo aos Sóis

Te amo no que te faz
Temo o que te fez
Por tolir-te em onde vais
Te tomo sem dar voz
Nem vez a alguem algoz!

Lamento se é o que tens
Pois tens também a mim
Por isso mesmo vim
Atrás de trens e cais, olhar
depois e alem.

Despeço-me de ti
Despedaço-me em três
Ou seis ou mais
Procuro-me em nus nós
No escuro escuto o "sois"
No claro brindo aos Sóis!

E todo o mal se esvai
Nos pensamentos vens
Longe dos seus pais
Sou um em dois
E nada mais.

Tu e Eu e Tu,
Amem!

(Ái de quem se opõe!)

Dos papos 2papos do esporro que deu

Toda vez que assim
Despeço-me de ti,
Disperso-me de mim;
Despedaço-me.
Despenco-me dos teus,
Dispenso-lhes a mão,
Disponho-me a Zeus,
Diz: "perco-me no adeus..."

Dois por dois e fim!
Eu e tu por tu e eu.

Reticências da vida conjugal

No laço
do enlace matrimonial;
A um passo do impasse,
O descompasso astral...
Para quê cerimônia tão formal,
Se o casamento acontece antes?!
E dentro!
E sempre!
E justo!
E tanto!
E muito!
E tudo!
Intuito!
Etc.
E coisa!
E tal!

sexta-feira, julho 15, 2011

Manual da Semana Inteira

Segunda-feira - Segure a Fera!
Terça-feira - Torça a Fera!
Quarta-feira - Corte a Fera!
Quinta-feira - Quite a Fera!
Sexta-feira - Seja a Fera!!

Sábado e Domingo: Recupere-se.

quinta-feira, junho 16, 2011

Velhos Sábios do Universo

Não infantilize o bebê!,
Ele ainda não é criança.
Todo recém-nascido é um Buda
Repleto de poder e de esperança
E que sabe-se Todo o Todo de Todo o Tudo - O puro intuito.
Um Ser muito antigo
Que tem ainda muito o que desaprender.

quarta-feira, junho 01, 2011

Nova Lua Cheia

A minha lua é em Virgem
A lua dela é em Peixes
Mas a Lua que luze a nossa alegria é a mesma:
Lua Nova & Cheia.

Tudo o que tansborda lava a vida e clareia!
Tola. como é tola! - A tua saudade não me é feia!

Deito no seu colo
Tolo
Daquela que receia.

segunda-feira, maio 30, 2011

Duela

Se és o que da vida queres quando me diz o que desejas,
Tenho mais que a paixão de mil mulheres quando me beijas.
Não cruzo os talheres ao que quer que sejas!
E se o que almejas é me fazer feliz
- E mais!
cada
dia... -
Cuidado!,
Estás por um triz!...
De me matar de alegria.

E se por natureza Errante,
Deixei escapar-te a fantasia,
Brindo à tua gentil arte!,
Me perdôo em poesia.

Se tudo o que é deslumbrante
É passado ou passageiro,
Só há um fato no Presente
Ao qual atribuo o verdadeiro:

Jogo de potente Cavaleiro?,
Largo mão.
Já não sou o coração a que me tens...
Já me tens por Inteiro.

Parabéns...

sexta-feira, maio 27, 2011

Um Rolling Stone Adverte

Cuidado!
Ao me rasgar em cima da cicatriz
E me fazer feliz de novo
Em me fazer de bobo...
Cuidado com esse seu jogo, Atriz!
Brincar com fogo não permite teste...
Estás!
por um triz;
Estou prestes...
A incendiar teu santo!
E mais!
cada
dia...
Em tua chama, Magia?
Eu chamo: Encanto.

quarta-feira, maio 25, 2011

Minha Entrega

Que
Turbulência de sensações é essa?
Vem com calma, traz a pressa;
acho graça.

Logo passa; regressa.

Minha entrega
Me agride, me faísca, me sufoca...
Me liberta!

Tudo
Incide em prosa - Incendeia em verso.

quinta-feira, maio 19, 2011

Tela cheia

Não vou vê-la vala
Sê-la solo sala
Soluçar a alma

Amada e devorada e nada
Consumada, consumida.

Quero tê-la calma...,
Realizada.

Cada caso é um aplauso,
Palmas para a vida!!

Llabé

Num é dela ou meu
É do encontro que se deu
É o ponto que o mar é doce
Num é "como se fosse",
É.
O Rio trouxe, o Mar recebeu;
Eis o balé.
Num é eu ou ela
É a Vida que é, bela.
Se é o que dela se quer
Bela que é, a Vida...
A Vida quer Bella

terça-feira, março 22, 2011

Discursos de prateleira

Desculpe se te esculpo e não te escuto,
é que me poupo
Aos teus discurso tão distantes,
tão "diz-tudo",
que DISTOAM.

Teus ouvidos que se roam

Que de estantes já estou cheio
De livros que não leio
Em meio a caixas de CD's
Vazios.

segunda-feira, março 14, 2011

Irmão Victor,

Confio tudo em ti!!
No que teu coração sentir, Eu conscenti.

segunda-feira, outubro 25, 2010

Vero-Veneno-Venero

Eu,

Que por tantas e tantas Me fiz por um prego
- Perdi-me Incontáveis vezes De Mim -,

Troquei nossa Totalidade do 'Ser por meu Ego
- E que
Nem aqui,
Aqui estive; Nem lá -,

Sempre me observo
-
Vejo se me erro
E o que desejo É o que Berro
mesmo,
A esmo.

Eu,
Que muito intenso Isso tudo E fora
- E dentro, denso... -
Acendo um incenso,
- Me perco, Me encontro, Me venço -
Me Quero!

sexta-feira, setembro 24, 2010

A vida não é espuma nem chapéus pisados!

Êta!, pássaro acomodado!
Num se decide se plana ou se pousa,
só fica avoado...

Ôxi!, Ser humano alado!
É aliado do Ar e do Fogo,
e do Mar, afilhado.

Carece teu chão de pés aTerrados.

sexta-feira, agosto 27, 2010

De dia concentra
A noite extravaza
Manhã é de sorte
A tarde, meio raza

sexta-feira, agosto 13, 2010

Não te culpo...

Desculpe se te esculpo e não te escuto,
É que me poupo.

quarta-feira, maio 19, 2010

Em baú

Quero um lugar
longe de reuniões de condomínio,
perto de um rio
que desemboca no mar.

Quero alugar,
obter, dividir/multiplicar
esse lar. Torná-lo
O Rio, com vista pro mar.

De Janeiro a Janeiro
esquivar-me dos riscos que existem em seus desvios;
desafiar os seus filhos,
e ainda, os amar.

Fazer daqui a Holanda, a Amazônia, a Índia, o Mapiá.
Bairros próximos ao Leblon e Jardim Botânico: Lapa, Sana, Lumiar.

Não quero a fumaça dos automóveis, quero o sorriso boa praça do mano Fú, e seus ensinamentos.
Quero festejar os bons momentos, os gols moleques, aos molejos, beijos e abraços e expandir meus braços junto aos dos camaradas.

Quero o verão do Sul, o Carnaval do Nordeste, as festas de São João, e ainda poder frequentar o Baixo Gávea empesteado nas vitórias do Mengão. Alías, eu sou tudo isso! Eu sou o Maraca lotado, o ingresso esgotado da torcida, do teatro, da vida. Eu sôou real, mas sou o cinema nacional! Sou aterrado e conectado, sou plantador de batata, de cannabis, de bananeira, sou Capoeira, sou poeira varrida e teimosa, sou verso, sou prosa, uno e diverso, solar, noturno, sei luzir e obscureço. Sempre me lembro, sempre me esqueço, não espero. Sou surpresa e surpreendido, sou novo e vivido, tenho conteúdo, sei ser leviano, sei mudo, sei tudo, sou nada...

Guardo em baú os sonhos que valem-me vivo, as viagens.

segunda-feira, maio 17, 2010

Viva os mendigos!!

Entre mortos e feridos,
Já também devo ter ido.
Só me resta a compaixão
À amigos tão perdidos

Almas tão penadas
Que vagam breus em estradas
Sem ter ombros, nem abrigos
Fadas, anjos, nada.

Cada  umbigo seu cada
Em desvirtude da missão
Condição-encruzilhada,
Constituem uma nação.

Viva os mendigos!!
- Talvez, reis de coração.

sexta-feira, maio 14, 2010

Caminhos

Um caminho nega o outro.
Qual dos dois devo seguir?

Um caminho ri, o outro rega;
Um caminho trai, o outro prega;
Um caminho cai, o outro reza;
Um caminho esvai, o outro esfrega;

Um aqui se faz, o outro paga a moeda.

Em um já me escondi, o outro não dá trégua;
Em um: cada um por si, no outro: regras;
Em um chovi, chovi, no outro eu vi que neva;

Se em um eu sucumbir, no outro, o mar me leva?

Qual dos dois é Pai?
Existe algum que é Treva?
Por qual que eu vou subir
à luz que Deus me entrega?
A qual devo seguir?
Qual que dá mais peça?
Aquele que abri, o outro fecha!

Existem dois caminhos
Só que um me cega.

sábado, maio 08, 2010

Quando eu passa a ser eles

Eu sou eu, mais eu, e outros
milhares de eus.
É quando idealizo cada mim d'eu
Que Eus passa a ser eles...
E dEles não vem nada Deus.

domingo, abril 25, 2010

Irmão de Luz

Te amo
Na Firmeza e na Soltura
Na certeza e na procura
das proezas e aventuras
- correntezas obscuras
da divina natureza.
Te amo na pureza, na mistura
Pois teu riso é o meu riso
Tua graça, minha cura.
Realeza tem seu nome!,
Ancestralidade do meu Ser,
que sem ele eu não Seria
Italo corre em meu sangue!
E por teu sangue,
os meus dias.

Em seu nome, eu sangraria!





p/ Italo Guerra, com muita paz.

sábado, abril 03, 2010

I é mãe já

Aprumar?!
Ó pro mar!

Fé que faz

Do olhar ao mar,
O olhar à alma.

segunda-feira, março 29, 2010

Fé,Bem

Topo estar no Topo,
O Firmamento
Ser também um prumo,
os calcanhares
Firme no momento
A pluma e o vento,
O chão e os pés
Se fundem
À proa e os mares

A broa, o milho
O filho, o pai
A canoa, o rio
O trem, o trilho
O foi, o vai
O vem
O médio, o Mal e o Bem.

Quero Estar
para não discernir
Um maldito Spa
Da sagrada FEBEM
Um anjo torpe veio me confessar
Que seu pecado foi guardar quem não devia
E ao lhe convidar a ser meu guia,
Disse-me: vá se doutrinar na alegria!

quarta-feira, março 10, 2010

Asa boa é asa que Voa

Ainda que nao doa, doa, porque é uma dor boa
e está pleno doar-se nas
confusões de querer crer pra ver sem saber o quê.
Tremeu, mas
não abalou a estrutura do não-querer preto e absoluto.
como poderia o respeito de um luto
- ainda que enxuto -
reviver o amorto?!
Cada assassino cumpre sua pena quando vê, se vê um dia, que o que matou
sofreu pra trás
e o que restou em paz
seguiu, passou, cresceu, cantou e até renasceu,
mas nao voltou,
não volta mais.
Aqui se paga
sempre
sempre
sempre
o que se faz.

E no bom de tudo,
lábios mais sábios
por natureza ávidos
ainda
por lindas
por cima
carnudos, carnais.
E que venham muitos, sorriria todos, Carnavais.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Tigela


Pedro Motta,
Meu pai,
Meu irmão,
Meu amigo,
Meu Cúmplice,
Tigelinha.

Tenho a alma grata por tudo o que não se agradece:
Pelo amor que quase não cabe e sobra e nos engrandece
Pelo afeto íntimo que nos aquece o peito
Pela bem-humorada falsa falta de respeito
Pelo jeito herdado, embora não saiba, em muitos aspectos – belos ou nem tanto.
Pelo santo que nunca foste, nem nunca serei.
Pelo brilho de um pai que só pode ser filho também
Pelo trilho do trem que tomei; e o caminho ainda não sei; mas que vai ao longe, isso é certo!
E pela cumplicidade sem idade e sem igual
que somente um filho e um pai
que são melhores amigos
podem ter.

Deixe-me ser a sua continuidade, melhor que você.
E que meu filho seja a minha e melhor do que eu,
Pois assim deve ser.
Assim me ensinou um dia
E assim é de mim, querer.


domingo, dezembro 13, 2009

Paixão é Rubro-Negro é Raça

Uma semana que doamos nossos órgãos;
Que entoamos nossos Hinos;
Que soltamos nossos berros
E perdemos nossas vozes,
E ganhamos nosso título.
Dezessete anos(!) que vencemos nossas dores;
Que colhemos outras flores,
Mas vivemos dessabores.
Para há uma semana que morremos só de amores!
Tantos santos
Tantos prantos
Tantos cantos
Tantos mantos por todos os cantos do mundo...
Mas somente duas cores:
Vermelho & Preto!
Flamengo, Te amamos.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

O meu amor por ti, Flamengo

É dia do Mengo, Domingo
e Um sónós seremos
o Rubro e o Negro
até a morte!
milhões e milhões de Um sós
Os braços (continuações das bandeiras),
Se fundem em milhares de abraços
No estádio que abraça a sua lotação
Os passos se confundem na mesma direção
Doamos de peito aberto as vozes
devotas da rouquidão eufórica da nossa Torcida.
Eis nossa vida
Domingo e sempre.
Se o Mengão é campeão, meu coração transcende na explosão eterna da emoção de Domingo, e me liberta, sorrindo.
Vivo na certeza do Sol, que nasce sempre Rubro
Até que a noite caia Negra.
Abençoado de amor
é o meu amor por ti
- de Domingo a Domingo -,
Flamengo!!!!!!

segunda-feira, novembro 16, 2009

A Inveja do Homem-sem-brilho /ou/ Lágrimas de H2O

A última do homem
foi celebrar
O grande dom do homem
de não cuidar
De nada alem do homem
que vai lucrar
Com a sede que outros homens
hão de engasgar
Mas hoje a noite, o homem
não vai sonhar
Que a Lua amaldiçoe aquele
que a fez chorar
Perdoe e devolva aos pobres outros
vosso luar.


*No dia 9 de Outubro de 2009, a NASA bombardiou a Lua. A operação foi considerada um sucesso, pois descobriram lágrimas de H2O.

quinta-feira, novembro 12, 2009

A Lua é quem cuida (de mim)

Acordo sempre pensando
em deixar pra amanhã
Me vem lembranças
do que
não fui
e o dia
não flui

À noite ela cuida
de mim.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Insensível Primavera

Meras megeras e feras austeras;
quando ameaçam esta nova Era,
choras bela
Estando elas de férias lá fora
a paz que aqui mora é a paz que aqui impera
E o seu cheiro de amora
é a Primavera.

Quem nos dera...
Quem nos dará??

Quão errante se pode ser
até que se perceba o quão errante já foi?
E no erro perceber o quão distante
de si
se trai
até que se
cai em si
e de mi em mi se esvai...





Uma música de: Nicpig e Pignic

segunda-feira, outubro 26, 2009

Primavera

Meras megeras e feras austeras;
quando ameaçam esta nova Era,
choras bela
Estando elas de férias lá fora
a paz que aqui mora é a paz que aqui impera
E o seu cheiro de amora
é a Primavera.

Quem nos dera...




p/ Mimi

O Insensível

Quão errante se pode ser
até que se perceba o quão errante já foi?
E no erro perceber o quão distante
de si
se trai
até que se
cai em si
e de mi em mi se esvai...



p/ Mimi

Eu que tinha sete vidas

O Arrependimento me matou
seis vezes
na mesma esquina
Na sétima, me poupou
E morreu de arrependimento.



p/ Mimi

segunda-feira, outubro 19, 2009

The 'back' Doors

She got in
pelas portas dos fundos
And in some way
mudou o meu mundo

Por um tempo calei
there was nothing to say
But now i see (agora eu sei)

It seems like a little girl
who came to stay.

Hoje, as notícias boas também são suas
meu bem.


E os sonhos também.





p/ Mimi

quarta-feira, setembro 23, 2009

...?...

Será que penso o que penso que penso?
Que penso que penso o que penso que penso?
Questionamento intenso de cada momento;
fatídico desmoronamento.
Entendo o que intento?
Possível impassível tormento?
Ou invento?
Daí o talento-lento do aprimoramento-imenso da alma?
...Com calma,
venço...

sábado, setembro 19, 2009

Adocico Sais

Vem agito
Traz
Cem atritos,
Mas
Nem me aflito
Mais
Sem conflitos,
Paz.

Adocico Sais
Tem meu grito?
Tens
Mais bonito
Quem
Bem me faz.

Prontifico
o Ás
Mais eu fico,
Vais
Já sei viver sem.

segunda-feira, setembro 14, 2009

A Lua e Eu (ou 'obrigado por ter vindo essa noite me visitar')

O luar é um verbo
Que homenageia o sujeito
E só a Lua pode conjugar.
Encanto que eu,
Reles estonteado,
Só pude brindar o bolo de tangerina
E fulminar minhas costelas
Num riso igual ao dela
Às quatro da matina.

quinta-feira, setembro 10, 2009

Das Cinzas

Sonhei que você me consolava
Enquanto comia meu coração
Com classe (mas sem talheres).
Eu te admirava angustiado
Enquanto, sempre doce, me salgava
Os sentidos e os sentimentos
Na raíz de tudo o que era eu
E eu desconhecia;
As lágrimas abriam crateras no assoalho.
Havia sangue por todo lado.
Suas palavras sutilmente duras
Me cortavam cada vez que as pronunciava.
Meu sangue jorrava sem parar,
Formando enormes poças rubras
A transbordar das crateras.
Eu não aceitava
Nem conseguia assimilar.
Tanto em tão pouco.
Mas era preferível sangrar na tua presença
A deixar-te ir
E enlouquecer no desespero rouco da sua falta,
(como experimentaria – e eu o sabia – momentos mais tarde)
Uma despedida de um verdadeiro tolo-cego,
Um covarde.
Caminhava pela cozinha ensopada,
Fundindo meus pés descalços
Às poças rubras.
Ao redor,
As parede já todas manchadas
De sangue-petróleo
- na textura e no sabor -,
Tamanha a violência.
Dentro de mim,
Hemorragias, Tumores e Mortes.
Por fim,
Enquanto o vento seco dançava com seus cachos
Desprovidos de baby-lizz,
Entregavas meu corpo
Já fatiado em porções de filés
De tamanhos perfeitos
Para serem devorados pelos urubus
E outras criaturas ainda mais austeras e sombrias e perversas
Daquele deserto nefasto do ressentimento.

Louco a louco...
EU
Ressurgia,
Phoenix amargurado
Pronto para amar
Armado até os caninos
E retornava às cidades
Montado num dragão
Cujo corpo
Fundia-se a chamas
De cores surrealmente negras
(este dragão se chamava
Ansiedade Perdição,
e atendia por um e por outro,
embora eu nunca o envocasse verbalmente).
Nos auges,
Eu luzia não-lúcido
E mordia outros lábios
E cortava outros braços
Abraçado a mim mesmo
- e só -
Dilacerava tudo o que via
Ignorava quaisquer limites
Mas conquistava aliados
E os seguia.
Deixava, por vezes, abandonado,
Um dos nomes do Dragão,
Que diminuía
E me esclarecia
A visão.
Tive, pois, que tomar a decisão!
Fez-se assim, então:
Da noite-pro-dia
Do mar seco pro sertão que chuvia
Da ventania que varria a solidão,
A companhia.
Finalmente,
Eu morria.
Mas somente para renascer uma outra vez de novo,
Das Cinzas.



Quando acordei,
Vi que o tempo havia passado
Eu estava mudado
E tudo acontecera de fato.

E agradeci
Por nada a ninguém
Numa espécie de mantra
Que vai e vem
Vai
Vem
Vai
Vem
Vai
Vem
Vai
Vem
Vai
Vem
Vai
Vem
Vai
Vem
Vai
Vem
Vai
Vem...
...
...
...
...
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...
...
...
...
...
...............paz...............







*Os fatos narrados acima são de cabo-a-rabo verídicos.

quarta-feira, setembro 09, 2009

A ameaçadora tormenta do delírio nostálgico de uma noite, metade doce / metade desespero

Ainda queima
- atroz -
a tempestade.

Ainda arde
- atriz -
a covardia.

Mas a verdade está em dia!
Eu não me amedronto mais.

Se nada lhe satisfaz
- cá estou eu! -
Em busca do Nada.

Só peço-lhe,
por favor:
me deixe sonhar
em paz.

Uma vez que eu sei,
pra você...
Pra você tanto faz!

Embora nunca blasfemará:
‘tanto fez’.

terça-feira, setembro 08, 2009

Um Certo Alguém

Como se faz
pro que
não é mais
voltar a ser
seu?

Eu to falando
do sorriso
que um certo dia
alguém me deu.

domingo, agosto 30, 2009

Essa Coisa de Tudo...

"Essa coisa de tudo é mentira
Pois o nada é a verdade
que mente
quando se diz que é
recíproco."


A verdade que mente é diferente da mentira sincera
Que é austera em tudo e não vale nada.
Caminha linha rente - frente,
Escudo de bordas douradas
Mas sem conteúdo.

Indizível, inabalável
Defesa invisível
Como um Ego inefável
Do tamanho de uns mundos

Cresce cria
desonesta de uma vaidade
por uma fresta de realidade
E permanece
Fria.
(Permanece fria)

E num alcança o progresso
E no processo se cansa.
Já nasce velha e morreria criança
Não fosse adúltera!
Não fosse a úlcera!

Mas a verdade
desmente de mentes dementes
dos mundos perdidos
os descontentes
os persuadidos
Valentes
bandidos e inocentes
Abraça os fodidos e diz que sente
muito
(Que sente tudo!!!
Pois a verdade é tudo aquilo que se sente)

É o que se cria agora e aqui
É invenção sem mentir
Então, se enfrente!
Se - ahhhh -

SE ENFRENTE!!!
Vença e perca as cabeças na sua
Quando perceber
Que a Estrada é bem mais que uma rua...

Seja bem-vinda ao tudo e ao nada.


REFRÃO:

"Essa coisa de tudo é mentira
Pois o nada é a verdade
que mente
quando se diz que é
recíproco."


Música: Choque do Magriça
Refrão e arranjo: George Sauma
Letra: João Pedro Zappa

domingo, agosto 23, 2009

(No meu quarto) Cachecóis e o Allstar novo

Por que ainda tanto?
O quê que falta?
E falta, mas falta tanto
Tanto que nada falta, mas falta.
Na verdade já foi a falta
já foi até a falta da falta
e até mesmo a falta da falta do que faltar
mas falta.
Malícias
Delícias
Carícias
(nessa ordem)
não falta!
Nem as notícias boas
nem os bons ouvidos!
Mas a falta – e só ela – é omnipresente
Muitas vezes é possível que eu mesmo falte
ou que falte eu.
Ao mesmo tempo, Eu é o que não falta
já estou farto de tanto tanto tanto Eu.
O Eu só e não só, mas só, ainda que não só eu.
Sempre só, com meu sapato novo
No meu quarto a falta se faz ouvir (música é o que não falta)
Por mais que eu a tente esconder, engavetando, camuflando
ela vem se mostrar (ela gosta de aparecer, a dona Falta)
Ou ela vem me estuprar ou vem vomitada
(esse tipo de vômito é o inverso proporcional a esse tipo de estupro)
De alguma forma ela esbarra por querer em cada letra
dentro ou fora

...

Eu podia ser “James Dean” só por hoje; e você a “Janis Joplin”, só que mais goodlookin'.
Seria legítmo ainda...
Seríamos dois Jotas!

terça-feira, agosto 11, 2009

Imerso na profundidade obscura de Victor Hugo em meus pensamentos, concluí:

É digna da alma a confiança que, aliada a intenções sinceras, gera ações benevolentes.

quinta-feira, agosto 06, 2009

The 'outro dia eu lembrei - sempre lembro. Hoje mesmo. 'Doors

Calma, meu bem!
The little girls come and go away...
Mas as notícias boas ainda são suas.

E as lágrimas também.

terça-feira, agosto 04, 2009

A saudade vai ser foda.

Uma vez dito, repito, pra deixar bem claro,

É claro meu caro q você é o predileto.

E eu vou ser bem direto, sem rodeio:

continue jogando bonito pelo meio.

Continue mostrando pro mundo o porquê que veio.

E jogue de peito cheio, imponha respeito, faça do seu jeito!

O efeito q causa nas pessoas vai faltar.

Seja num dia de sol, num dia feio,

seja no futebol ou no recreio.

Seja nas saídas, nas nossas brigas...

Seja o que seja, esteja com você mesmo.

E seja! Simplesmente seja!

E veja como é difícil e aprenda como se faz,

Depois me ensina. E agora siga em paz,

Pé na estrada!

Quanto mais sacrifícios na jornada, mais benefícios ela traz.

E é isso meu rapaz, essa é só a primeira das despedidas.

Aproveita demais, lembra de mim e me liga de quando em vez pra contar as novidades.

E tomara que as saudades q eu vou sentir de você,

Sejam proporcionais as oportunidades e felicidades q você vai ter!

E você vai ver que vai ter que ter coragem pra passar esse ano.

Então BOA VIAGEM!!! E CEBOLA, EU TE AMO!!!!!!!!!



Meu grande irmão, meu mais legítimo e leal parceiro.

Se lembra dessa despedida? Se lembra daquela primeira? Sempre soube que não seria a única... Tu é moleque do mundo. Que orgulho!

Dessa vez não tive a oportunidade de me despedir como eu queria. Mas despedida é isso mesmo, irmão, e não tem que ter esse peso todo, não. A gente se despede agora pra se encontrar mais adiante. Tranquilo. Não dá nada não. A distância é muito relativa. Tu vai ta sempre comigo pra onde eu for, no que eu fizer, porque tu já é parte de mim e eu sou parte de tu. E essa nossa parceria é arte. Muito bem testada e atestada e confirmada por anos e anos e anos. Vai lá, muleque, faz teu nome lá, escreve a tua história, comete teus enganos. Arrebeeeeeentaaa!!! hahahaaaa Cebola, muleque, a gnt tem história muleque, 4 anos num é tanto assim...

Mas a saudade... porra... a saudade já está foda... e você foi ontem.

Vaaaaai Jogadoooooorr!!!!!!!!!!!!!!!!!

Vai com todo o amor dos teus irmãos!!!!!!!!

Vai abençoado pela nossa saudade!!!!!

Vai com a mente aberta, mas o corpo fechado!

Você é bandido e herói!

CHÃO NOS PÉS E CORAGEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Hasta la vitoria siempre!!!

sexta-feira, julho 24, 2009

Peça "Fevereiro, 29 - tudo o que eu teria dito a você"

Assistam à peça!!!!!!!!!




Quartas-feiras, às 20h30, no Centro de Movimento Déborah Colker - Rua Benjamin Constant, na Glória, ao lado do metrô. Conto com a presença de todos vocês, queridos!!!

terça-feira, julho 21, 2009

Novo Aeon Marsóqui

E nas mensagens que me chegam sem parar,
o tempo novo.
A cinzadurafria-seca
a salivar.

O fim do mundo já
e eu ainda.
Os Maias, prontamente, trataram de se desculpar.

É, marsóqui paz mesmo... Paz mesmo não há.
Ainda que haja glórias; eu as bebo sem brindar.

Espero o tempo novo mudar de novo e remudar
Espero, marsóqui tranquilo, de gozo em gozo, Ela voltar.
- Desculpa se a minha voz é estranha... É que eu moro na Serra... O bom é que eu moro em cima de uma montanha... Mas quando chove, a água chega muito veloz e mais forte... É porque onde eu moro já é bastante perto do céu... As vezes tem chuva de granizo... Eu gosto porque dá pra pegar o granizo... Nunca neva em Teresópolis... Nem em lugar nenhum do Brasil...
Onde você mora? Eu posso te visitar? - indagou esperançoso o menino doce, estranho, gentil, frágil, digno de dó, sinistro, medonho, delicado e sensível, na porta do teatro.

segunda-feira, julho 20, 2009

Intuição

O cheiro da pista anoitece fértil,
transparece.
Transgride o momento do pensar.
Me aborda e me agride no luar da cidade
E transborda vivacidade
pelo olhar.
Me invade a atitude pelos bolsos
E se engendra nas minhas raízes pelo calcanhar
A teoria - grande álibi da inércia - cai
pobre, flácida, murcha, brocha, cansada
diante da neblina das multidões.







p/ Black e Pedrinho.

sexta-feira, julho 17, 2009

A sensação mais esquisita do mundo é ser traído pela memória de um cheiro.
E nisso perceber
o perto-afastado,
o presente-passado,
o vermelho-rosado,
o certo-errante,
o elefante-rato,
o restante-fato.

E o semblante
uma vez mais
cada vez mais
de um cavaleiro nato.

quase

Sinto-me quase um Quequeca!!

quinta-feira, julho 16, 2009

Aqui em casa é foda.

Aqui em casa é foda. Hoje tinha pão fresco. Mas se eu acordo, por exemplo, onze e meia, meio-dia, não tem mais pão fresco. Já está tudo no congelador.
Aqui eles falam: "ah, mas esquenta que fica igual". Não fica. Aí eles dizem: "ah, porque vai estragar do lado de fora".
Então, porra, pão é um negócio que tem que comprar todos os dias. É por causa do "Pão nosso de cada dia". O Pão Árabe, por exemplo, dura vários e vários dias.
Minha família é católica, mas aqui em casa não tem nenhum praticante, e tem pão árabe todo dia e eu adoro. Eu adoro aqui em casa, aqui em casa é foda!

João Pedro Cheio de Medos

Se João eu sou, quantos sou e qual deles?
Tenho predileção?
Momentos sim. Momentos vão.
Tenho momentos?
Bons, ruins?
Pão eu tenho
Morrer em vão não vou
Viver sem recheio também não.
Quão blasé tais receios que fazem do meu peito, seios.
Alterno barulhos e sons
Fins, lá sei...
Possuo meios.
E no meio de tantos Joãos também sou Pedro
Possuo medos
Sou mais meu Eus
Me falham os freios
Me falam, então,
esses tantos:
Os lindos também são feios
Os feios também bem-vindos
Amores e prantos possíveis no mesmo Domingo.
E do breu...
Bingo!!!





à Julia. Um presente de um hipotético aniversário de namoro.

quarta-feira, julho 15, 2009

DesiluJoi

A desilusão é como uma injeção de anestesia: dói no ato, mas depois não sente-se mais nada.


Eu dedico esta primeira postagem a duas enormes personalidades da nossa geração artística. O primeiro é o meu cúmplice Dom Saulo, por sua grande capacidade de incentivo. O outro é o meu parceiro André Dale, pelo conteúdo da sentença e nossas conversas diversas.

Obrigado, irmãos.